Eu sei, finalmente trago-vos uma nova publicação após tanto tempo!
Antes de mais, quero explicar-vos o porquê do blog ter estado parado neste últimos meses... Em setembro do ano passado entrei no curso de Biologia na Universidade de Aveiro. Tem sido uma experiência incrível mas, como devem imaginar, muito atarefada também. Acontece que, com o estudo e praxes à mistura, os meus tempos livres foram muito reduzidos ao longo do semestre e, por esse motivo, vi-me obrigado a abdicar do tempo que costumava dedicar ao blog.
Mas aqui estou eu de volta e com o objetivo de tentar ser um pouco mais ativo no blog nos tempos livres daqui para a frente.
Agora que foi dada a explicação, vamos partir para o relatório de mais uma das minhas aventuras.
Como podem ler no título, só agora, após o final do semestre, é que fui, realmente, conhecer Aveiro. Sim, porque até agora pouco mais conhecia de Aveiro além do caminho de casa para Universidade e para a Praça do Peixe, o local onde as quintas académicas são mágicas.
Já à algum tempo que o meu padrinho Pedro Esteves, a namorada Cátia Sousa e o nosso caro amigo João Rodrigues queriam visitar Aveiro. Decidi, então, juntar o útil ao agradável e convidei-os para passarem um fim-de-semana na minha casa em Aveiro, a fim de irmos, todos juntos, conhecer a cidade e os arredores. Ah, e claro que não me podia esquecer da pequena Maria Clara, a filha do Pedro e da Cátia, que também nos acompanhou nesta jornada.
Sexta-feira, dia 26 de janeiro de 2019
- 19:15h - Partida de Ponte de Sor na carrinha do João;
- 19:22h - O Pedro perguntou, pela 1ª vez, quando parávamos para comer;
- 19:26h - O Pedro começou a cantar, de forma eufórica, as musicas infantis que estavam a passar nos desenhos animados que a Maria Clara ia a ver no telemóvel da Cátia;
- 19:30h - O Pedro fez uma pausa na sua cantoria para perguntar, pela 2ª vez, quando parávamos para comer;
- 19:41h - O Pedro perguntou, pela 3ª vez, quando parávamos para comer;
- 19:45h - O Pedro perguntou, pela 4ª vez, quando parávamos para comer;
- 19:52h - O Pedro perguntou, pela 5ª vez, quando parávamos para comer;
- 20:08h - O Pedro adormeceu (finalmente);
- 20:40h - O Pedro perguntou, pela 6ª vez, quando parávamos para comer. Admito que, por esta altura, eu já o apoiava porque a fome já apertava;
- 20:42h - O Pedro perguntou, pela 7ª, 8ª e 9ª vez, quando parávamos para comer;
- 20:48h - O Pedro perguntou, pela 10ª vez, quando parávamos para comer;
- 21:05h - O Pedro perguntou, pela 11ª vez, quando parávamos para comer;
- 21:11h - O Pedro perguntou, pela 12ª vez, quando parávamos para comer;
- 21:16h - Parámos em Penela, perto de umas bombas de gasolina, para jantar. Enquanto arranjávamos as coisas para começar a comer, apercebemo-nos de que nos tínhamos esquecido de trazer pratos. Eu, a Cátia e o João comemos diretamente da travessa e o Pedro comeu na taça da Maria Clara. O jantar foi massa com atum, cogumelos e queijo gratinado que fez a minha mãe. Contudo, eu comecei a comer mais tarde que os restantes, isto porque tinha ido a uns arbustos ali perto verter águas. Como tal, fui o último a terminar de jantar, sendo que chegou a um ponto em que eles os 4 já estavam instalados no carro por causa do frio e eu estava sentado num muro, em frente ao carro, a comer da travessa. O Pedro começou a gozar comigo, a dizer que eu parecia um mendigo, e até me quis oferecer 0,30€ como esmola;
- 21:45h - Arrancámos de Penela;
- 23:10h - Chegada a Aveiro e arrumação das malas;
- 00:20h - Dormida.
Sábado, dia 26 de janeiro de 2019
- 08:00h - Alvorada e duche;
- 09:00h - Discussão entre colocar uma caneca de cada vez no microondas ou colocá-las todas juntas. O Pedro defendeu que, se colocássemos todas as canecas no microondas, pouparíamos tempo. Porém, eu argumentei que, se as colocássemos todas juntas, o calor não ia chegar a uma parte das canecas porque umas iriam sempre tapar parte das outras. A Cátia e o João abstiveram-se da discussão;
- 09:15h - Pequeno-almoço que foi bolo de chocolate feito pela minha mãe;
- 09:34h - Eu lavei a louça;
- 09:48h - Saída de casa a pé;
- 10:00h - Chegada ao Parque da Macaca;
- 10:30h - Passámos pelo Departamento de Biologia da universidade e seguimos pelo meio da universidade para que o Pedro, a Cátia e o João conhecessem o meu local de estudo;
- 11:10h - Chegada a casa e pausa para xixi;
- 11:18h - À saída de casa, o Pedro estava a comentar que, à uns tempos, tinha visto um documentário sobre Mirandela e sobre o mirandês ser uma língua oficial. Nisto, um senhor que passava por nós na rua, chegou-se ao pé de nós e começou a falar em mirandês. Foi muito curioso ter passado, naquele mesmo momento em que falávamos sobre o assunto, uma pessoa que sabia aquela língua, fomos surpreendidos. Após o sucedido, seguimos, de carrinha, para o centro de Aveiro;
- 11:41h - Estacionámos perto da Ponte do Laço e seguimos, a pé, para a Praça do Peixe, onde estava a ser vendido peixe fresquinho e algum artesanato;
- 12:18h - Entrámos no restaurante com vista para a ria de Aveiro "Jardim de Sabores & Alegria" onde eu comi bifinhos de peru com cogumelos, o Pedro comeu uma salada ibérica e o João e a Cátia comeram uma francesinha cada um;
- 13:17h - Comprámos bilhetes para andar de moliceiro (o típico transporte da ria de Aveiro) numa loja chamada "Zeca". Cada bilhete custou 10€. Na compra de cada bilhete ofereceram-nos um ovo mole, típico doce aveirense feito com ovos e açúcar, e uma raiva, que é um biscoito típico da região;
Moliceiro |
Ovos Moles |
Raivas |
- 13:43h - Chegada à Ponte Laços de Amizade após termos caminhado à beira da ria pelo caminho ao lado do Fórum de Aveiro;
- 14:00h - Inicio do passeio de moliceiro com um guia. Foi-nos informado que o barco típico de madeira de pinho tem o nome de moliceiro devido ao seu principal objetivo em tempos passados: o transporte de moliço, um fertilizante natural que era utilizado nos campos. Além disso, os moliceiros, podiam, ainda, fazer o transporte de mercadorias, animais e "gentes da ria". Disseram-nos, ainda, que a ria se chamava ria e não rio por ser constituída por água salgada proveniente do mar, sendo que os rios apenas possuem água doce;
Apanha do moliço |
- 14:15h - Passámos na zona mais cara de Aveiro onde o alojamento é, no mínimo, 700.000€;
- 14:19h - Passámos pela Fábrica de Cerâmica de Aveiro onde são produzidas telhas;
- 14:25h - Passámos na casa mais feia de Aveiro, segundo o mestre que guiava o nosso moliceiro: o edifício das Finanças;
- 14:36h - Chegámos às comportas da ria, que mantêm o nível da água da ria, independentemente do nível da água do mar. Aqui, foi-nos possível observar montes de sal tapados e protegidos do sol, sendo as salinas mesmo ali pertinho;
- 14:41h - O mestre do moliceiro informou-nos que a flor de sal, um aglomerado de cristais que se forma à superfície da água salgada em condições de temperaturas e radiações solares elevadas e vento suave, evita a tiróide e deve ser consumido em saladas frias pois é rico em iodo e magnésio e, aquecido, é prejudicial;
- 14:43h - Passámos por um moliceiro que era guiado por um mestre que soprou num grande búzio, provocando um som estridente e funcionando como buzina;
- 14:45h - O guia disse-nos que já tinham acontecido competições de remo na ria;
- 14:48h - Chegada aos antigos armazéns de sal. Fomos informados que as salineiras, as mulheres que trabalhavam na indústria do sal, chegavam a transportar 60 quilos de sal na cabeça e que, passavam dos barcos para a margem através de cabos e com uma mão à cintura;
- 15:06h - Fim do passeio de moliceiro;
- 15:21h - Regressámos à loja "Zeca" para comprar lembranças;
- 16:11h - Chegámos, de carrinha, ao Farol de Aveiro, na Praia da Barra, um local muito amplo, calmo e agradável;
- 16:51h - Continuamos o nosso caminho (ainda de carrinha) até à Costa Nova. Porém, começou a fazer muito vento e frio. Decidimos então, regressar a casa e visitar a Costa Nova no dia seguinte;
- 17:53h - Chegada a casa;
- 18:21h - Comecei a fazer o jantar;
- 18:55h - Jantar: Esparguete à carbonara. Após o jantar, ficámos todos a conversar um bocado na sala e, posteriormente, a Cátia e o João foram lavar a louça. O plano para a noite era irmos à praça buscar tripas de Aveiro (outro doce típico de Aveiro que se assemelha a um crepe mas é mais grosso e a massa é mais doce) e regressarmos a casa para ver um filme. Nisto, o meu padrinho pediu-me o computador para começar a procurar um filme;
- 20:49h - Quando estávamos mesmo a sair de casa, a Beatriz Dias (uma amiga de infância) liga-me muito preocupada a dizer que eu não podia desistir dos meus sonhos por nada nem ninguém. Eu não estava a perceber nada da conversa até que ela me disse que tinha visto uma publicação minha no facebook... Foi ai que eu percebi tudo: o meu padrinho, que está sempre a fazer das suas, tinha colocado uma publicação no meu facebook (que estava aberto no meu computador), a dizer que eu ia desistir da universidade, quando estava, supostamente, à procura de um filme no meu computador;
- 20:59h - Saída de casa de carrinha;
- 21:12h - Tivemos de parar no supermercado "Pingo Doce" para comprar uma água especifica para a Maria Clara, visto que as outras lhe causam cólicas e a bebé estava com dores;
- 21:40h - Regresso a casa para preparar a comida da Maria Clara;
- 22:13h - Chegada às "Tripas da Praça" (de carrinha) e compra dos doces. O plano inicial era cada um comprar uma para si, porém, além dessas, comprámos, ainda, mais duas que dividimos pelos quatro. Eu sei, somos um bando de gulosos! O Pedro pediu uma tripa de Snickers, eu pedi uma tripa de Toblerone e o João e a Cátia pediram de ovos moles. Para partilhar pedimos uma tripa de Ferrero Rocher e outra de Kinder Bueno;
- 22:53h - Chegada a casa e ceia de tripas. Acabámos por nos pormos a ver vídeos de fails para rir no YouTube;
- 23:34h - Dormida.
Domingo, dia 27 de janeiro de 2019
- 08:00h - Alvorada;
- 08:39h - O Pedro e a Cátia foram à casa de banho dar banho à Maria Clara. Ou melhor, a Cátia estava a dar banho à Maria Clara porque o Pedro abria a porta de 30 em 30 segundos, punha a cabeça para fora da casa da banho e gritava algo para me provocar como "Digam não à reciclagem!", "Digam não à proteção dos animais marinhos!", "Vamos derramar petróleo nos oceanos!", etc. P.s.: Ele estava a brincar apenas para me provocar, ele também é bastante protetor da natureza;
- 08:50h - O João estava a tomar banho e o Pedro foi-lhe apagar a luz da casa de banho para "poupar";
- 09:30h - Pequeno-almoço que foi o resto do bolo de chocolate. O Pedro lavou a louça;
- 09:45h - Análise de músicas infantis que estavam a passar nos vídeos que a Maria Clara estava a ver no tablet. Chegámos a conclusão que a maior parte das músicas não faz sentido;
- 10:11h - Saída de casa de carrinha;
- 10:34h - Chegada a Costa Nova e passeio, a pé, pela cidade;
- 12:00h - Saída da Costa Nova;
- 12:23h - Paragem no McDonald perto da Universidade de Aveiro e compra do almoço;
- 12:52h - Chegada a casa, almoço e o Pedro, a Cátia e o João arrumaram as malas de viagem;
- 14:06h - Saída de casa de carrinha;
- 14:23h - Chegada à Praça do Peixe, onde decorria uma feira de antiguidades;
- 15:08h - Fomos a uma casa de chá chamada "Doce Infusão";
- 15:42h - O Pedro, a Cátia, o João e a Maria Clara seguiram para Ponte de Sor na carrinha do João e eu fiquei em Aveiro para estudar.
Foi, sem dúvida, um fim-de-semana bem passado com a melhor companhia no qual conheci imensos locais fantásticos que nunca tinha visitado. Que venha a próxima aventura!
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