Sim, é verdade que este não é um blog de desabafos, mas desta vez tem mesmo de ser.
Já todos devem conhecer as fotos e vídeo do urso polar que emocionou a National Geographic, visto que foi um dos vídeos mais virais deste ano. As imagens mostram um urso polar esquelético, que está à beira da morte, na Ilha de Baffin, no Canadá. O animal arrasta-se por um terreno seco, onde teria existido um acampamento de pescadores, à procura de comida. Após a tentativa falhada de encontrar comida num caixote do lixo, o animal deita-se no chão e fecha os olhos, derrotado.
As imagens haviam sido captadas no final deste verão, mas foram só publicadas a 5 de dezembro. Na altura, fiquei extremamente preocupado com a situação, porém, hoje foi a gota de água. Tal não foi o meu choque quando fiquei a saber, através do telejornal, que na passada quinta-feira foram avistados e gravados dois ursos polares na pista do aeroporto Wiley Post-Will Rogers Memorial, no Alasca. Mais uma vez, os animais encontravam-se famintos e em busca de alimento.
Estas situações são assustadoramente preocupantes por revelarem a vulnerabilidade actual desta espécie, bem como a sua possível e provável extinção. Por este andar, o último urso polar deixará de existir muito brevemente. Não vos preocupa que os nossos futuros descendentes possam não vir a conhecer este ser tão espetacular?
O habitat natural dos ursos polares tem sido, cada vez mais, alterado e destruído, sendo que o aquecimento global (provocado pela poluição) contribui excessivamente para o degelo dos icebergues onde estes animais habitam. Por outro lado, o desaparecimento de muitas focas e peixes (provocado pela destruição de habitats e pela caça e pesca excessiva), alimento predileto dos ursos polares, contribui, também, para a decadência destes animais.
Já é tempo de o ser humano fazer uso de alguma da sua racionalidade e se consciencializar de que todos estes acontecimentos nos afetam, de que esta situação tem de ser revertida, de que todos os seres-vivos são essenciais para o equilíbrio do ecossistema e, acima de tudo, de que não tem o direito de exterminar outras espécies. Sim, porque tudo isto é culpa nossa... culpa da quantidade de animais que abatemos e culpa da poluição que permitimos e provocamos.
Estas situações e comportamentos revoltam-se e preocupam-me realmente. São assuntos delicados que merecem o respeito de cada um de nós.
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